segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

... DESTINO

 A criança sente uma confiança no homem que, até então, nunca havia posto os olhos. Talvez tenha notado o carinho de sua mãe ao vê-lo e o desespero dele ao tentar evitar a sua iminente morte.

Sós, estão no pântano nos arredores do acampamento, correndo pela sobrevivência. Diana percebe que não há escolha. Sutilmente, mesmo na escuridão da noite, consegue enxergar nos olhos atentos do homem, lágrimas descendo em fúria.

Ele a segura com firmeza e seguem pela noite. A falta de visão é recompensada pelo conhecimento territorial, fugindo de possíveis armadilhas. Mal se falam. Passam por alguns obstáculos naturais e, ao notar uma "calmaria", o homem diminui o ritmo.

"Está com medo, criança?"

Diana o fita e mantém o silêncio.

"Tem o mesmo olhar de Sybilla"

"Conhecia então a minha mãe..."

"Sim, há muito tempo. Lutamos juntos, Diana"

"Sabe meu nome?"

"Ajudei na tua chegada à esse mundo"

"E por que você veio só agora? Por que ela morreu? Quem são eles?"

"Nem eu sei, criança. Somos eu e você agora contra tudo e todos. Apenas nós dois. Não há escolha. É o destino"

Alvorece e seguem pela mata. Pontareia está bem próxima.

Lola no limite

"É a última, depois vou pra casa" Toda noite, esse pensamento permeia a mente de Lola. Sai do trabalho e vai pro bar. Essa é a man...