A dor nas costas ao acordar pontua a situação em que se encontra. Durante o sono, imagina
va estar em outra cama, esperando o beijo na testa se despedindo para mais um dia de trabalho.
Estava imerso no sonho, revisitando de um passado recente que parecia ser ainda presente.
A cama quebrou com uma semana de uso. Sexo desmedido e descontrolado pra compensar a fúria do abandono o fez perceber que a pechincha não valeu a pena. Era pegar ou largar, diz sua consciência.
4 da manhã. Adianta o café e faz alguns exercícios. Morar sozinho o permite exercer o silêncio. Menos som emitido. Ouve mais. Observa muito mais. Medita em todo tempo possivel. Ou tenta.
Hoje não trabalha. Mas não quer mais trabalhar.
Sempre decidiu errado. Duvida de si a todo momento. Acredita ser sua sina. Não quer mais impeto. Pra errar com menos culpa? Pra fugir mais facilmente?
5:30
Vai metaforizar sua fuga. Corre. A sensaçao de movimentação constante do seu espirito (acredita piamente ser um cavalo preso no corpo de um homem) atreladas a essa fuga o fez esquecer de tudo.
Por alguns instantes. Até chorar sozinho no fim da tarde.
Olha pra subida. Respira Fundo. Sempre escuta suas musicas no modo aleatório. É a forma que mais gosta de "tirar a sorte".
Enquanto começa os passos, Jerry Cantrell entoa em seus ouvidos palavras que atingem em seu coração:
The boy hesitates, when grown he'll make the same mistakes
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