O reflexo te fascina
Te prende à beira do rio
Minha voz continuar a ecoar ao teu redor
Um som baixo, agradável
As vibrações emitidas no ar balançam teu cabelo
Te fazem bem, te preenchem
Te nutrem
Um espelho perfeito
Imobiliza
Cada falha que procura é sublimada pela admiração
O vento traz umas gotículas
Orvalho talvez?
O som mesmerizante
Lindo, continuo e constante
É uma canção
Cuja voz fraqueja
As gotas se tornam chuva
Você se deleita
Um grito de desespero
A voz dissipa, a chuva passa, o vento para
Espelho muda, mostra a rachadura
Te revela
Teu alimento acabou, Narciso
Teu ego tem fome
E você está só
"É uma canção
ResponderExcluirCuja voz fraqueja"
Eu fiquei pensando na força e na vulnerabilidade do seu poema, mais precisamente desses dois versos. De algum modo, eles me remeteram às forças das grandes árvores, que conversam com o farfalhar das folhas, em um sussurro quase silencioso. Seria esse sussurro uma voz que fraqueja?
Acho que fui longe!
Mas é porque achei bonito demais. :)
Um beijo,
Fê
Obrigado pelas palavras, Fê. Dei muito de mim nesse texto.
ExcluirAcho que fraqueja por que insistiu em se fazer ouvir, mas percebia que não ia adiantar...
Grande Beijo