Antes - em 02 de Abril 2021
"Eu só quero um amor - me disseram.
Foi ontem.
Doeu demais, pois é a primeira vez que me dizem isso,
desde que me coração foi rasgado."
Eram duas estrofes originalmente, de um poema que não teve rumo. Achei e retomei.
Continuei meio sem nexo, receoso por estar num momento de alegria e a lembrança da dor antiga poderia estragar o presente.
Desisti.
Apagar uma frase no papel não vai limpar a dor e a reescrita não vai mudar a perspectiva (aprendida, talvez?)
Não sei.
Não agir seja a melhor ação
ao invés de correr atrás da própria sombra.
Mas tem esse pedacinho, que parece ter sido escrito todos os dias, de lá pra cá:
"Hoje o que dói é distancia, a saudade, ausencia
diluídas nas mensagens cotidianas
nos reencontros, saindo do onibus
olhando as estradas
Pequenas dores, transformadas em felicidade
como o Pavão na lenda,
que do veneno das plantas,
faz a beleza das tuas penas."
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